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Coral cantos do vale

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Coral canto do vale tem como regente Kleber Praxedes

Estação da cultura

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25 de jan. de 2009

TALENTOS DA TERRA (VII)
Poeta SANDRO SOARES
Francisco Alexsandro Soares, conhecido como Sandro Soares, nasceu no dia 26 de julho de 1979, em Ceará-Mirim/RN. É filho adotivo de Marlene Soares, casado com Ana Cristina dos Santos Arcanjo e pai de Marlene Thaline Arcanjo Soares e Efraim de Cristo Jesus Arcanjo Soares. Tem ainda dois enteados: Eduardo e Érica. Sobre seus pais biológicos, sabe apenas que sua mãe nasceu no Estado do Ceará e chamava-se Célia, já seu pai, João Maria de Lima, é pescador e reside na cidade de Rio do Fogo/RN.
Cursou o Ensino Fundamental na Escola Estadual Enéas Cavalcanti e na Escola Municipal Dr. Augusto Meira. Iniciou o Ensino Médio na Escola Estadual Professor Otto de Brito Guerra e o concluiu na Escola Estadual Interventor Ubaldo Bezerra de Melo, todas em Ceará-Mirim/RN.
Após seis anos da descoberta do seu dom poético e de ter poemas publicados na revista Ana Maria, da Editora Abril, o poeta publicou em dezembro de 2001 seu primeiro livro, intitulado “Um Trem Para as Estrelas”.
Sandro foi premiado algumas vezes no Concurso de Poesia Adele de Oliveira promovido pela Biblioteca Pública Municipal Dr, José Pacheco Dantas.
Atualmente reside no distrito de Ponta do Mato – Ceará-Mirim. Contato: 9612.2412

Sandro com o ex-prefeito Dr. Roberto Varela
1988
A seguir, alguns poemas que estão inseridos no seu segundo livro: VIDA REAL.

SINA DE POETA
Depois que morre
Todo poeta tem valor
Seja um famoso sortudo
Ou anônimo sofredor.

Quando está vivo
Não importa se seu nome
É Francisco, Renato ou Agenor
Porque não será isso
Que o fará ser esquecido
Ou transformado em mito.

Poetas não são revolucionários
E sim, intermediários
De seres insensíveis,
Pessoas vazias e miseráveis.

Poetas nem sempre amam
Tem o dom que vem da alma
Pode ser alguém rico
E até mesmo um catador de lixo.
19-05-2002

O SEM-TERRA
Nasceu e cresceu urbano
Mas, se identifica com o campo
Por gostar da terra
E nela está semeando.

Não é um agrônomo
Ou criador de projetos agrários
E sim, um pobre desempregado
Que viu na agricultura
A única opção de trabalho.

Quando está na roça
Gosta de saborear rapadura
Pôr veneno nos formigueiros
E roçar o mato.

Essa é a realidade
Do sofrido homem
Que vive no campo
E que pela cidade
Ficou frustrado.
28-05-2002

FOME
Na clarividência do mundo
És da morte a estampa
Vista no semblante
Da desesperança africana.

És a grande razão
Das desigualdades existentes
Entre os sequiosos de poder
E os famélicos por um pão.

És o padecer momentâneo
Que bate na porta
Do profissional em desengano.

És um infinito problema
Uma triste praga
Herdada do Antigo Egito.
16-06-2002


A CASA
Este mundo é um domicílio
Onde Deus é dono
A humanidade é locatário
E o diabo mordomo.

Na sala, o meliante G8
Com suas aves de rapina
Segue a armar planos
Que define a hereditária sina
Da África, Ásia e América Latina

A mercê da própria sorte
Como pé preso em sapato
Vê-se a mórbida África
Presa no quarto

Com o cardápio que tem
A Ásia tornou-se chefe de cozinha
Dando como sobremesa
Seu petróleo e refinarias

E em meio a devaneios
A dormente América Latina
Quando não está na ducha fria
Encontra-se na privada
A defecar sua precária idiotia.
2002





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