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Coral cantos do vale

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Coral canto do vale tem como regente Kleber Praxedes

Estação da cultura

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4 de fev. de 2009

MEMÓRIA ICONOGRÁFICA DE
CEARÁ-MIRIM CONTINUA
REPERCUTINDO
Desde o seu lançamento em dezembro último o livro CEARÁ-MIRIM MEMÓRIA ICONOGRÁFICA, de Gibson Machado, tem recebido inúmeras referências elogiosas. A mais recente chegou de Natal/RN e transcrevemos na íntegra.

Prezado Gibson,

As suas fotografias, associadas à crônica do nosso imortal Edgar Barbosa, fala-nos à alma e ao coração deixando uma sensação de impotência diante do que se vê e do que se lê. Imagino se pudéssemos voltar no tempo... esta sensação seria de puro êxtase. Se estas fotografias retratassem o passado cheio de vida dos engenhos: Outeiro, Carnaubal, Cruzeiro e da Usina Santa Terezinha. Acho que as pessoas que herdaram essas relíquias do passado histórico de Ceará-Mirim se não as puderam manter, como seu patrimônio, deveriam ter lutado junto às autoridades pela preservação deste tesouro. E o povo da nossa cidade e aí também vai a "mea culpa", onde estávamos todos nós que não vimos a decadência de tão belo acervo da nossa herança cultural? Na minha imaginação, refaço estas paisagens, dou vida a estes cenários antes vibrantes. Vejo as construções restauradas, limpas... a vegetação exuberante, a fumaça nos bueiros. Homens, mulheres, crianças e animais movimentando-se no seu dia a dia. Quanto suor, quanta energia empregada na edificação desses monumentos e no cotidiano das pessoas que trabalharam no vale de Ceará-Mirim. Muitas já se foram como meu pai que trabalhou na Usina Santa Terezinha, outras de um passado mais recente cultuam o seu chão como acontece por exemplo com os "Amigos da Ilha Bela" que nasceram e ou viveram parte de suas vidas nessa usina. Vi em um blog da nossa cidade e interessei-me pelo assunto porque também nasci na Usina Ilha Bela, precisamente no engenho Guanabara que fazia parte dessa Usina aonde meu pai, veio de Pernambuco, para trabalhar como chefe da produção de açúcar.
Amei ver aquele Ipê Roxo centenário, todo florido... cheio de vida! É um exemplo de que a natureza resiste ao tempo e ao abandono, diferentemente das construções que vergam com o pouco caso dos homens. Altaneiro, do alto da sua imponência ele nos envia uma mensagem de amor à vida. Como sou botânica, pretendo visitar o sítio onde se encontra árvore tão majestosa! Isto deve acontecer somente no final do ano pois sei que já deve ter terminado a sua florada, caíram as folhas e devem estar lá os frutos que garantem a sua perpetuação. Mas, se você puder me presentear com uma cópia e indicar-me o local onde ela se encontra, lhe agradeço de coração. Parabéns! Você é uma pessoa que tem uma missão muito bonita: revolver as cinzas do passado da nossa cidade e do nosso vale trazendo para aqueles que não tiveram a felicidade de vivenciá-lo a oportunidade de saber que este reino mágico existiu um dia. E aos que viveram nesses tempos a grata lembrança que nos traz saudades!
Um abraço da amiga,

Mariza Roque da Fonsêca

O livro de Gibson pode ser adquirido na Fundação Nilo Pereira que funciona na sala 1 da Biblioteca Pública Dr. José Pacheco Dantas.

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